sexta-feira, 30 de setembro de 2011
História da UNE
Mais do que o órgão de representação dos estudantes universitários, a União Nacional dos Estudantes (UNE) é uma das principais organizações da sociedade civil brasileira, com uma bela história de lutas e conquistas ao lado do povo brasileiro. A UNE foi fundada em 1937 e ao longo de seus 69 anos, marcou presença nos principais acontecimentos políticos, sociais e culturais do Brasil. Desde a luta pelo fim da ditadura do Estado Novo, atravessando a luta do desenvolvimento nacional, a exemplo da campanha do Petróleo, os anos de chumbo do regime militar, as Diretas Já e o impeachment do presidente Collor. Da mesma forma, foi um dos principais focos de resistência às privatizações e ao neoliberalismo que marcou a Era FHC.
UNE E BRASIL
No dia 13 de agosto de 1937, na Casa do Estudante do Brasil no Rio de Janeiro, o então Conselho Nacional de Estudantes conseguiu consolidar o que já havia sido tentado diversas vezes sem sucesso: a unificação dos estudantes na criação de uma entidade máxima e legítima. Desde então, a UNE começou a se organizar em congressos anuais e a buscar articulação com outras forças progressistas da sociedade.
A UNE já nasceu como uma das principais frentes de combate ao avanço das idéias nazi-fascistas no país durante a Segunda Guerra Mundial. Os estudantes organizados também promoveram, em 1947, um dos mais importantes movimentos de opinião pública da história brasileira: a campanha “O Petróleo é nosso”, série de manifestações de cunho nacionalista em defesa do patrimônio territorial e econômico do país, que resultou na criação da Petrobrás.
Durante os anos 50, houve muita disputa pelo poder na entidade, um embate diretamente ligado aos principais episódios políticos do país como a crise política do governo Vargas que levaria ao suicídio deste presidente em 1954. Após o governo de Juscelino Kubitschek, foram eleitos Jânio Quadros e João Goulart. Nesse período a União Nacional dos Estudantes e outras grandes instituições brasileiras formaram a Frente de Mobilização Popular. A UNE defendia mudanças sociais profundas, dentre elas, a reforma universitária no contexto das reformas de base propostas no governo Jango.
A partir do golpe de 1964, tem início o regime militar e a história da UNE se confunde ainda de forma mais dramática com a do Brasil. A ditadura perseguiu, prendeu, torturou e executou centenas de brasileiros, muitos deles estudantes. A sede da UNE na praia do Flamengo foi invadida, saqueada e queimada no dia 1º de Abril. O regime militar retirou a representatividade da UNE por meio da Lei Suplicy de Lacerda e a entidade passou a atuar na ilegalidade. As universidades eram vigiadas, intelectuais e artistas reprimidos, o Brasil escurecia.
Apesar da repressão, a UNE continuou a existir nas sombras da ditadura, em firme oposição ao regime, como célebre passeata dos Cem Mil no Rio de Janeiro em 1968. A entidade foi profundamente abalada depois da instituição do AI-5 e das prisões do congresso de Ibiúna. Mesmo assim, o movimento estudantil continuou nas ruas, como nos atos e missa de 7º dia do estudante da USP, Alexandre Vannucchi Leme, e organizando protestos por todo o Brasil reivindicando mais recursos para a universidade, defesa do ensino público e gratuito, pedindo a libertação de estudantes presos do Brasil. Em 1979, a partir da precária reorganização da UEE-SP, iniciou-se a reconstrução da UNE no célebre Congresso de Salvador. Em 1984, a UNE participou ativamente da Campanha das "Diretas Já" e apoiou a candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República.
Com a força recuperada, o movimento estudantil, representado pela UNE e pela UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), foi o primeiro a levantar a bandeira pela ética na política em 1992, durante as manifestações pró-impeachment de Fernando Collor. Milhares de estudantes “caras-pintadas” influenciaram a opinião pública com a campanha “Fora Collor” e pressionaram o ex-presidente à renúncia.
Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a União Nacional dos Estudantes se manteve firme e denunciou o ataque neoliberal ao país, repudiando as privatizações, os privilégios ao capital estrangeiro e o descaso com as políticas sociais e com a educação. Os estudantes tiveram papel marcante nos anos FHC sempre defendendo o ensino público de qualidade e democrático.
A eleição de Lula em 2002 teve o apoio da União Nacional dos Estudantes, após um plebiscito promovido das universidades. Com uma postura independente, mas alinhada às iniciativas de mudança em relação ao neoliberalismo. Desde o início do governo, a entidade se mobilizou pela substituição do Provão por um novo modelo de avaliação das universidades e levantou os debates sobre a reforma universitária, participando ativamente no debate do projeto sobre os rumos da universidade brasileira, e ainda, de punhos erguidos para alterar a cara de nossas universidades: investindo da educação pública e regulando o setor privado.
UNE E CULTURA
A UNE foi precursora de importantes movimentos culturais brasileiros. O Centro Popular de Cultura (CPC) é o mais famoso deles que e nos anos 60 animou a cena artística brasileira com novas e ousadas experiências no campo da pesquisa e da produção cultural. O CPC não foi a primeira tentativa da entidade na área cultural, mas foi a experiência mais vitoriosa e que se tornou um marco da cultura brasileira, unindo artistas, intelectuais e o movimento estudantil. O CPC tinha uma produção artística própria e não se limitava a aglutinar grupos de artistas já existentes: chegou a fundar um selo de discos, uma editora de livros, além de realizar produtos culturais importantes como o filme Cinco Vezes Favela. Participaram do CPC nomes como Arnaldo Jabor, Cacá Diegues, Ferreira Gullar, Vianinha, entre outros.
A parir de 1999, o trabalho cultural da entidade foi retomado com vigor durante as Bienais de Cultura e Arte da UNE. Nsses eventos foram lançadas as bases de um ousado projeto: a criação do Circuito Universitário de Cultura e Arte, os CUCAs. Mais do que um resgate dos antigos CPC´s o Circuito surgiu como um modelo de mapeamento e valorização da cultura nacional dentro das universidades. Desde então, a UNE vem batalhando pela criação de um Circuito em cada estado brasileiro. Para dar corpo à essa iniciativa, diretores da UNE, intelectuais, artistas e uma equipe técnica percorreram 15 cidades por todo país, entre os meses de outubro e novembro de 2004, com a “Caravana Universitária de Cultura e Arte – Paschoal Carlos Magno”, que ampliou a articulação e mobilizou os estudantes para criação de novos CUCA’s nas universidades brasileiras.
Hoje já são dez núcleos do CUCA consolidados pelo Brasil, Recife/PE, Campina Grande/PB, Salvador/BA, Vitória/ES, Porto Alegre/RS, Curitiba/PR, Barra do Garça/MT, Brasília/DF, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP. O CUCA cresceu e atualmente integra o projeto “Pontos de Cultura” do MinC. A UNE caminha agora para a realização de sua V Bienal de Arte, Ciência e Cultura, a ser realizada no início de 2007, no Rio de Janeiro.
No dia 13 de agosto de 1937, na Casa do Estudante do Brasil no Rio de Janeiro, o então Conselho Nacional de Estudantes conseguiu consolidar o que já havia sido tentado diversas vezes sem sucesso: a unificação dos estudantes na criação de uma entidade máxima e legítima. Desde então, a UNE começou a se organizar em congressos anuais e a buscar articulação com outras forças progressistas da sociedade.
Durante os anos 50, houve muita disputa pelo poder na entidade, um embate diretamente ligado aos principais episódios políticos do país como a crise política do governo Vargas que levaria ao suicídio deste presidente em 1954. Após o governo de Juscelino Kubitschek, foram eleitos Jânio Quadros e João Goulart. Nesse período a União Nacional dos Estudantes e outras grandes instituições brasileiras formaram a Frente de Mobilização Popular. A UNE defendia mudanças sociais profundas, dentre elas, a reforma universitária no contexto das reformas de base propostas no governo Jango.
Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a União Nacional dos Estudantes se manteve firme e denunciou o ataque neoliberal ao país, repudiando as privatizações, os privilégios ao capital estrangeiro e o descaso com as políticas sociais e com a educação. Os estudantes tiveram papel marcante nos anos FHC sempre defendendo o ensino público de qualidade e democrático.
A eleição de Lula em 2002 teve o apoio da União Nacional dos Estudantes, após um plebiscito promovido das universidades. Com uma postura independente, mas alinhada às iniciativas de mudança em relação ao neoliberalismo. Desde o início do governo, a entidade se mobilizou pela substituição do Provão por um novo modelo de avaliação das universidades e levantou os debates sobre a reforma universitária, participando ativamente no debate do projeto sobre os rumos da universidade brasileira, e ainda, de punhos erguidos para alterar a cara de nossas universidades: investindo da educação pública e regulando o setor privado.
A UNE foi precursora de importantes movimentos culturais brasileiros. O Centro Popular de Cultura (CPC) é o mais famoso deles que e nos anos 60 animou a cena artística brasileira com novas e ousadas experiências no campo da pesquisa e da produção cultural. O CPC não foi a primeira tentativa da entidade na área cultural, mas foi a experiência mais vitoriosa e que se tornou um marco da cultura brasileira, unindo artistas, intelectuais e o movimento estudantil. O CPC tinha uma produção artística própria e não se limitava a aglutinar grupos de artistas já existentes: chegou a fundar um selo de discos, uma editora de livros, além de realizar produtos culturais importantes como o filme Cinco Vezes Favela. Participaram do CPC nomes como Arnaldo Jabor, Cacá Diegues, Ferreira Gullar, Vianinha, entre outros.
A parir de 1999, o trabalho cultural da entidade foi retomado com vigor durante as Bienais de Cultura e Arte da UNE. Nsses eventos foram lançadas as bases de um ousado projeto: a criação do Circuito Universitário de Cultura e Arte, os CUCAs. Mais do que um resgate dos antigos CPC´s o Circuito surgiu como um modelo de mapeamento e valorização da cultura nacional dentro das universidades. Desde então, a UNE vem batalhando pela criação de um Circuito em cada estado brasileiro. Para dar corpo à essa iniciativa, diretores da UNE, intelectuais, artistas e uma equipe técnica percorreram 15 cidades por todo país, entre os meses de outubro e novembro de 2004, com a “Caravana Universitária de Cultura e Arte – Paschoal Carlos Magno”, que ampliou a articulação e mobilizou os estudantes para criação de novos CUCA’s nas universidades brasileiras.
Hoje já são dez núcleos do CUCA consolidados pelo Brasil, Recife/PE, Campina Grande/PB, Salvador/BA, Vitória/ES, Porto Alegre/RS, Curitiba/PR, Barra do Garça/MT, Brasília/DF, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP. O CUCA cresceu e atualmente integra o projeto “Pontos de Cultura” do MinC. A UNE caminha agora para a realização de sua V Bienal de Arte, Ciência e Cultura, a ser realizada no início de 2007, no Rio de Janeiro.
Movimento de Juventude Pelo Mundo
Movimentos de juventude pelo mundo
Maio de 68 na frança:
Em Maio
de 1968 (mais referido como Maio de 68) uma greve geral estala em França. Rapidamente adquire
significado e proporções revolucionárias,
mas é desencorajada pelo Partido
Comunista Francês, de orientação Stalinista,
e finalmente suprimida pelo governo, que acusa os Comunistas de tramarem contra a República.
Alguns filósofos e historiadores
afirmaram que essa rebelião foi o acontecimento revolucionário mais importante
do século XX, porque não se
deveu a uma camada restrita da população, como trabalhadores ou minorias, mas a
uma insurreição popular que superou barreiras étnicas, culturais, de idade, de classe e de gênero.
Começou
como uma série de greves estudantis
que irromperam em algumas universidades e escolas de ensino secundário em Paris, após confrontos com a
administração e a polícia. A tentativa do governo gaullista de esmagar essas
greves com mais ações policiais no Quartier Latin levou a uma escalada do conflito que
culminou numa greve geral de estudantes e em greves com ocupações de fábricas
em toda a França, às quais aderiram dez milhões de trabalhadores,
aproximadamente dois terços dos trabalhadores franceses. Os protestos chegaram
ao ponto de levar o general de Gaulle a criar um quartel general de operações
militares para obstar à insurreição, dissolver a Assembléia Nacional e marcar eleições parlamentares para 23 de Junho de 1968.
O governo estava em vias de colapso
(de Gaulle chegou a refugiar-se temporariamente numa base da força aérea na Alemanha), mas a situação
revolucionária dissipou-se quase tão rapidamente quanto havia surgido. Os
operários voltaram ao trabalho, seguindo a direção da Confédération Générale du Travail,
a federação sindical de esquerda, e do Partido
Comunista Francês (PCF).
Retirado
de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Maio_de_1968
Juventude em Dados
Quem e quantos nós somos?
- Mais de 34 milhões de jovens entre 15 e 24 anos
no Brasil, segundo o Censo 2000 do IBGE;
- 50% de homens e 50% de mulheres nesta faixa
etária;
- 6,3 milhões destes jovens residem na zona
rural;
- 16,2 milhões são pretos ou pardos;
- 145 mil são indígenas;
- 60% dos presos do país têm entre 18 e 29 anos,
segundo dados de 2007 do Ministério da Justiça.
Como pensamos e agimos?
- O Brasil é o 2º lugar no ranking do pessimismo
do jovem quanto ao futuro, perdendo apenas para a Colômbia (Unicef, 1999);
- No entanto, 84% dos jovens pesquisados pelo
Instituto Cidadania acreditam no próprio poder de transformar o mundo;
- 13 milhões de jovens brasileiros já
participaram ou participam de alguma forma associativa (movimentos
sociais, ONGs, sindicatos, partidos políticos etc), segundo estudo da
UNESCO de 2004;
- Entretanto, apenas 2% dos jovens pesquisados
pelo Instituto Cidadania participam de algum trabalho social ou no bairro;
20% quer fazer; 10% pensou, mas desistiu; 68% nunca pensou em fazer;
Os números da educação
- 51,4 % dos jovens do Brasil não freqüentam a
escola;
- 1,2 milhões de jovens brasileiros são
analfabetos;
- Pesquisa do Instituto Cidadania revelou que
para 74% dos jovens a escola é importante para entender a realidade;
- 17 milhões de jovens não estudam;
- Apenas 1% dos jovens universitários são pretos;
15% são pardos (Censo 2000); 0,1% são indígenas;
Trabalho e renda
- 88 milhões de jovens sem emprego no mundo,
segundo a OIT (2003);
- Nos países latino-americanos, o número absoluto
de jovens sem emprego passou de 6,5 milhões em 1993 para 9,4 milhões em
2003;
- 3,7 milhões de jovens brasileiros sem trabalho,
o que representa 47% do número total de desempregados no Brasil (PNAD
2001);
A violência entre nós
- 43% das crianças e adolescentes da América
Latina se sentem inseguros no lugar onde vivem, segundo pesquisa “A Voz
das Crianças”;
- 102 jovens do sexo masculino assassinados a
cada 100.000 habitantes no Brasil, segundo compilação de estudos do Banco
Mundial;
- 61% das escolas privadas brasileiras e 65% das
públicas oferecem um ambiente inseguro, segundo estudo da Unesco;
- Cerca de 4% dos estudantes entrevistados
disseram que têm ou tiveram uma arma de fogo, e 70% desses (quase 130.000
estudantes) relataram que essas armas eram para uso nas escolas;
- Entre janeiro de 2000 e janeiro de 2003, houve
1.547 registros de abuso sexual (aproximadamente 50% na região Sudeste do
país e 25% no Nordeste), segundo dados de 2003 da ABRAPIA;
- 75% das vítimas eram mulheres e 18% eram homens,
sendo que a maior parte das vítimas femininas tinha entre 12 e 18 anos de
idade;
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